Para começar o ano de forma positiva, convidei a Vanessa Dias para uma Conversa Feliz e quentinha, junto à lareira.
Poderia tecer imensos elogios, debitar palavras e emoções mas, a minha convidada é muito mais do que um nome ou atributo.
Querem saber quem é Vanessa e porque é feliz?
Ora espreitem lá esta conversa...
1 O estado de felicidade recheia/ inunda o seu
curriculum. O que a faz SER Feliz?
O que me faz ser feliz… bom, tantas coisas!
Acho que desde que decida simplesmente apreciar e estar no momento presente,
tudo pode ser um motivo para ser e estar feliz. Do sorriso de uma criança a uma
conversa inesperada num autocarro, passando pela mais simples chávena de chá e
o sentir do calor do sol na pele… é difícil escolher e enumerar um número
limitado de motivos de felicidade. Saborear ou apreciar a vida, no seu todo,
talvez possa resumir o que me faz ser feliz.
A Vanessa é muito jovem e tem um historial
clínico de obesidade mórbida. Existe um lado positivo no decorrer desta
vivência, neste lego da vida?
Hoje sim, sem dúvida. A partir do momento
em que foi uma vivência transformada numa aprendizagem, passei a considerá-la
como uma época e processo com muitos lados positivos. Foi uma transformação que
levou o seu tempo e que não deixa de ser contínua, com muitas dificuldades e
barreiras, mas grande parte de toda a sensibilidade e empatia que desenvolvi
devo a essa vivência e a todo o caminho que tenho desbravado. É uma fase da
qual tento sempre recuperar lições importantes, não só em termos de saúde e de
insights para as minhas intervenções, mas também em relação à minha forma de
estar e encarar a vida.
“Aprender a ser ( mais) feliz” é um projecto;
“eOptimismo” é uma revista online; “Estilo de vida positivo” é o livro que
acaba de lançar…Em dois anos, três “filhos” felizes… conte-nos como cresceram e
porque brilham tanto quando se fala neles…
Realmente são três filhos num curto espaço
de tempo. Todos eles são fruto de uma visão e vivência muito pessoal e da sorte
de ter encontrado algum fundamento teórico e científico naquilo que tenho experienciado.
Eu gosto de encontrar fundamento para o que penso, sinto e faço, como forma de
me ajudar a dar algum sentido às experiências, embora também aposte muito num
sentido prático e de aplicação da filosofia “simplex” quando tento comunicar
com as pessoas. Este era aliás um requisito fundamental para mim, quando estive
à frente da revista, e continua a sê-lo em tudo aquilo que faço com as pessoas.
Gosto de criar e de comunicar ideias úteis de forma perceptível a todos, mas
sempre com alguma fundamentação científica. E mais importante do que isto acho
que é o facto de acreditar e procurar aplicar aquilo que comunico. Razão e
emoção têm que estar em uníssono para mim e é isso que procuro em tudo o que
faço. “Faz aquilo que eu digo e não faças aquilo que eu faço” nunca teve espaço
no meu entendimento e dando a conhecer exemplos ou sugestões de acção, fosse
através da revista, actualmente do projecto ou, mais recentemente, do livro, é
para mim uma forma prática de se conseguir chegar às pessoas, partilhar
conhecimento útil para que estas possam tirar máximo partido de si e da sua
vida. Se estes filhos brilham ou não, eu não sei. Espero que de alguma forma,
directa ou indirectamente, a sua existência já tenha feito sentido para alguém.
O que é a Psicologia Positiva?
Se me perguntarem o que é a Psicologia
Positiva para mim, eu respondo que é uma filosofia de ser e é, sem dúvida, uma
das coisas que mais me move. Académica e cientificamente, é um ramo da
Psicologia que estuda o nosso funcionamento óptimo. Nesta perspectiva, nós não
estamos só interessados no que vai mal com as pessoas (e.g. depressão), mas
estamos sobretudo curiosos para entender como é que podemos estar bem no nosso
dia-a-dia, como é que podemos ser mais felizes, como é que as pessoas
ultrapassam maus momentos e como é que podemos ser mais produtivos, criativos e
entusiasmados acerca do nosso trabalho, por exemplo. Eu conheci a Psicologia
Positiva em 2010 - lembro-me de estar sentada no anfiteatro da Faculdade de
Psicologia da Universidade de Lisboa e sentir, à medida que ia ouvindo, que
tudo aquilo era a minha filosofia de vida até então. Eu própria ainda não tinha
percebido muito bem como é que, sendo a taxa de sucesso tão baixa, tinha
ultrapassado a obesidade mórbida, apenas com modificação do estilo de vida,
como é que tinha suportado todos os comentários negativos e provações, como é
que tinha gerido os meus objectivos, como é que tinha tido a criatividade de
transformar problemas em soluções, como foi o caso de substituir idas ao
ginásio por garrafas de iogurte cheias de areia com o objectivo de usá-las como
pesos… entre tantas outras pontas soltas que estavam por perceber do ponto de
vista humano. Hoje sei que foi a resiliência, a auto-regulação, a criação de
uma visão, entre muitos outros conceitos estudados especialmente pela
Psicologia Positiva, que me deram substrato para continuar a viver e a viver
com qualidade de vida. Foi como encontrar “o” vestido preto ideal.
Como se transformam comportamentos e se gerem
emoções ( no sentido de alcançar bem-estar, equilíbrio, estados de
felicidade…)?
Com treino. E também é preciso estarmos
dispostos a ter a mente aberta. Estes dois processos são fundamentais. Depois,
como cada pessoa é única, cada um de nós tem que olhar para dentro e para fora,
no sentido de nos conhecermos e de conhecermos os outros, quanto ao modo de
funcionamento. Há determinadas estratégias quer do ponto de vista do
comportamento, quer do ponto de vista das emoções, que podem resultar melhor
com a Maria do que com a Joaquina. No entanto, de uma forma geral, somos tão ou
mais equilibrados na medida em que nos dedicamos e nos decidimos a 1) apreciar
a vida e os seus prazeres simples, 2) investir no nosso desenvolvimento e
conhecimento pessoal, e 3) procurar dar sentido ou ter um propósito na
vida.
A Vanessa faz sessões presenciais, e à
distância, de “coaching positivo”… as pessoas que a procuram via skype e/ ou
email conseguem estabelecer consigo uma comunicação eficaz? Quanto custa uma
sessão destas ( se é que uma sessão basta)?
Normalmente sim, pois as pessoas
que procuram esse tipo de modalidade têm relativa facilidade em utilizar essas
ferramentas como forma de comunicação. Actualmente as pessoas já não têm tantas
barreiras em comunicar através destes meios e muitas vezes, por uma questão de
gestão do tempo, preferem. Apesar de tudo, é claro que existem vantagens e
desvantagens que têm que ser tidas em conta, consoante a opção. Quer as sessões
presenciais, quer as sessões à distância são sempre mais do que uma sessão,
pois embora seja um trabalho mais breve, quando comparado com uma psicoterapia,
requer alguma estrutura e fases de trabalho. Cada sessão tem uma duração média
de 60 a 90 minutos, sendo que o preço varia entre os 35 e os 55 euros.
A Vanessa intervém em áreas como a
auto-confiança, a auto-estima, os relacionamentos saudáveis, a gestão de tempo
e stress… em que é que as suas sessões de coaching são diferentes de tantas
outras ( o “coaching” começa a ser “perigoso” pela banalização a que tem estado
sujeito)?
O coaching está a ser utilizado,
ultimamente, mais como um produto do que propriamente uma ferramenta para
auxiliar o outro a atingir um determinado objectivo ou performance. Isto faz
com que haja uma comercialização em massa de uma nova profissão, para benefício
de alguns, e um uso menos cuidado desta ferramenta no seu sentido mais
original. Eu utilizo o coaching como ferramenta para ajudar o outro a mudar ou
a transformar-se e uno o coaching à Psicologia Positiva. Em parte, as sessões
de coaching positivo diferem de outras vertentes do coaching na medida em que
utilizo e trabalho com ferramentas da Psicologia Positiva, como é o caso do
inventário de Forças e Virtudes, como complemento à estrutura e dinâmica que o
coaching oferece e que uma psicoterapia não contempla. Além disso, uma das
principais características do coaching positivo é que partimos do que funciona,
das forças e virtudes da pessoa, para a criação de uma visão suficientemente
inspiradora de mudança. O objectivo é colocar o melhor da pessoa em função dos
seus objectivos, diminuindo assim a resistência e bloqueios pessoais à
mudança/sucesso.
Porquê a formação em Psicologia e não outra
licenciatura/ mestrado qualquer? A Psicologia é uma “paixão positiva”?
Bom, esta é uma pergunta que me
leva a ter que voltar um pouco atrás. A psicologia transformou-se numa paixão
positiva, no sentido mais literal que se possa imaginar. Com 15 anos eu queria
ser jornalista e seguir as letras, mas meio mundo conseguiu convencer-me de que
não era a melhor solução, porque não havia emprego nestas áreas. Segui as
ciências e depressa me deparei com o desastre que antevia: notas baixas em
biologia, química, física… notas elevadas a português, filosofia, psicologia.
Durante os meus três anos de secundário, deu-se a grande mudança em que deixei
para trás a obesidade mórbida e desenvolvi um forte gosto pela área da
Nutrição. Estava aliviada, porque sentia ter encontrado a minha vocação. Muitas
pessoas vinham ter comigo com perguntas e dúvidas que eu prontamente deixava
esclarecidas. Comprava todas as revistas e livros que falassem de obesidade e
distúrbios alimentares. Alimentei a ideia de estudar Nutrição e estive três
anos consecutivos a tentar entrar no curso, em Lisboa. Na altura fui incapaz de
exigir aos meus pais o sacrifício de ir para fora da cidade estudar e eu
própria sentia que não estava pronta para me submeter a mais exigências e
adaptações. Frequentava os congressos de alimentação e nutrição, os colóquios e
todas as palestras que apareciam a falar de obesidade. Em cada ano havia a
possibilidade de tentar entrar três vezes no ensino superior, por concurso, e
em cada tentativa falhada eu morria mais um pedaço por dentro. Por mais
conhecimento acumulado, as décimas de distância diziam que eu não era
“suficientemente boa” para aquilo. Ao terceiro ano de tentativa e pela terceira
vez nesse ano, na 3ª fase do concurso, desisti de tentar, porque já não
aguentava mais o desgosto, e decidi escolher a Psicologia. Sinceramente, não
sei bem explicar a substituição. Sei que fiz um grande trabalho interior para
gerir e interiorizar o corte com aquele sonho… e se calhar eu pensava que a
Psicologia seria uma forma de vir a mudar as mentalidades. Curiosamente, na terceira
tentativa desse ano, e que eu optei por deixar passar, teria entrado no curso
de Nutrição e Dietética em Lisboa. Lembro-me de estar sentada à espera de ir
para uma aula de Biologia e Genética, na Faculdade de Psicologia, de ir ver a
pauta de resultados e de começarem a bailar-me as lágrimas nos olhos,
incrédula. Senti tanta raiva no momento seguinte que as engoli, cerrei os
pulsos e disse para mim mesma: vais demorar mais tempo, mas um dia chegas lá. E
por “lá” eu entendia cuidar e ajudar pessoas que passassem pelo mesmo que eu
tinha passado. Ainda não cheguei lá, mas assim que termine a minha tese na área
do bem-estar e do envelhecimento activo, espero poder vir finalmente a
trabalhar o assunto como pretendo e com a “minha” Psicologia Positiva.
Editou recentemente a “Agenda dos Sonhos 2014”.
Estamos no início de um novo ano e não há melhor pretexto para falar nesta
Agenda. O que tem ela de diferente?
A Agenda dos Sonhos nasceu porque eu
coloquei na cabeça que precisava de uma agenda que preenchesse as minhas
necessidades “diferentes” como, por exemplo, ter um espaço específico para
escrever as coisas boas do dia, registar e lembrar-me de fazer exercício
físico, mas também ter lembretes para explorar e saborear melhor a vida. Para
além destes pontos que em si já são um pouco diferentes das agendas
tradicionais, a Agenda dos Sonhos tem também módulos de aprendizagem, onde
partilho algumas dicas sobre, por exemplo, a gestão do tempo e o desenho de
objectivos. À semelhança de outras ideias, quando não há o que preciso, crio. E
assim foi, desenhei a agenda para mim, outras pessoas tomaram conhecimento,
ficaram interessadas e de um momento para o outro deixei de ter mãos a medir.
Foi uma fase muito interessante e gira, de certa forma nova porque ainda nunca
tinha criado propriamente um produto.
Na sua “Agenda dos Sonhos” pede a cada pessoa
que escreva a sua visão para 2014 ( ou seja, o que pretende alcançar este ano).
Não acha que, algumas pessoas possam ter bastante dificuldade em escrever o que
pretendem… ou, por outro lado, o que pretendem não é fazível?
Sim, por isso é que senti
necessidade de criar a secção “módulos de aprendizagem”, onde partilho com as
pessoas algumas dicas úteis para as ajudar não só na gestão do dia-a-dia, mas
também a criar e a desenhar os seus objectivos de forma concreta, faseada e
fazível.
Planeamento mensal – esta ideia é excelente…
muitos de nós vivemos o dia-a-dia sem um foco mais abrangente do que o Agora.
Em que nos pode ajudar este planeamento?
Nas sessões de coaching positivo a questão
temporal é um aspecto que gosto muito de trabalhar com as pessoas,
independentemente do objectivo que elas têm para si mesmas, exactamente por ser
fundamental articular bem o passado, o presente e o futuro. O planeamento
mensal permite-nos ter uma visão mais ampla do que vai ou queremos que
aconteça, enquanto o planeamento diário nos ajuda a tomar um passo de cada vez
para a concretização desse mesmo futuro mais “longínquo”. É impossível sermos
produtivos se não tivermos ambos em conta e, ao longo da agenda, em algumas
dicas, tento chamar a atenção quer para a informação que o passado nos pode dar
acerca da forma como nos comportamos em determinadas situações e sobre como
podemos antever situações do mesmo tipo, quer para a importância de viver o
agora, não descurando ainda assim de um objectivo mais amplo, em termos de
futuro. É um pouco como aquele anúncio
que diz “há uma linha que separa…” – no fundo temos que criar a nossa linha de
tempo e tê-la em mente, podendo nós andar para a frente e para trás à medida
que precisamos. Como nem sempre nos lembramos de fazer isto e não temos um
controlo remoto, é importante que escrevamos e utilizemos os planos de registo.
1 Onde podemos encontrar esta “fiel companheira”?
De momento, já não é possível encomendar a
primeira edição da Agenda dos Sonhos. No entanto, a partir de Fevereiro já se
vai começar a pensar nas questões a melhorar e em novos formatos. É também um
objectivo encontrar parceiros que queiram ter nos seus espaços físicos a nova
edição para venda. Até lá, todas as novidades podem ser acompanhadas na página
de facebook da agenda (facebook.com/agendadossonhos).
1 “Estilo de Vida Positivo”… o seu livro… Existem,
no Mercado, dezenas de livros na área comportamental. Porque é que os leitores
do “conversas felizes com” deverão optar pelo livro da Vanessa?
Porque e só porque se a sua intuição assim
o disser. Este é um livro que partiu de partilhas autênticas e com a missão de
querer facilitar algumas mudanças em quem lê, com vista a uma maior felicidade
e bem-estar. Por um lado, procurei não utilizar fortemente o jargão técnico,
porque como já disse para mim o “simplex” é muito importante na comunicação da
ciência – isto, claro, se a quisermos tornar realmente útil para as pessoas.
Por outro lado, tentei falar sem ser em “seco”, isto é, aquilo que eu sugiro e
as reflexões que eu partilho vêm realmente de dentro e não são meramente
sugestões ocas que alguém de bata branca veio dizer que funcionam. Sugiro
sobretudo ideias e actividades que eu própria experimentei e das quais tive
resultados. Um aspecto que para mim também foi importante foi conseguir dar um
certo fio condutor que me parecesse ter sentido – o livro começa por falar de
alguns erros que todos fazemos e na importância de os transformarmos em
aprendizagens, para depois então desenvolvermos algumas competências, falarmos
de felicidade e situações de aplicação prática.
1 Já agora, pedia-lhe uma dica, na sequência da
pergunta anterior… como não “comprar gato por lebre”, uma vez que, hoje, qualquer
pessoa escreve e edita um livro?
Isso às vezes é difícil, mas é uma boa
questão. Nem eu sei se sou gato ou se sou lebre. Com o livro Estilo de Vida
Positivo tive que me desligar dessa responsabilidade, pois foi algo em que
pensei muito, para conseguir ter a coragem de passar tudo a papel. São ideias e
como todas as ideias há quem goste e há quem não goste. O que me realmente
importa são as pessoas, dar-lhes coisas úteis, por muito ridículo que isto
pareça, e também só editei este livro porque fui recebendo feedback num blog
que tinha, no sentido de que o que eu escrevia fazia sentido às pessoas e as
fazia sentir melhor - segundo elas, claro. Demorei muito tempo até tomar
coragem e ainda hoje peso a responsabilidade. Há sempre a responsabilidade de o
livro ter mau conteúdo, de ser mal interpretada, de ser rotulada, de na
academia me virem acusar de simplicidade, há sempre a responsabilidade de… No
fim, transformei a responsabilidade em aventura e até agora ainda não me
arrependi, dado o feedback que tem surgido. É por isso que acho que as pessoas
só devem comprar este ou outro livro qualquer se a sua intuição assim o disser.
E às vezes o que para mim é gato para outras pessoas é lebre e o contrário
também se verifica. Sei que às vezes fico frustrada quando leio livros de má
qualidade de pessoas que aparentam ter um grande desenvolvimento e maturidade
nestas áreas, mas que é mais aparência do que propriamente essência, se é que me
consigo fazer entender. O que eu posso sugerir é o que eu também faço: primeiro
tento folhear o livro, ou ler excertos, e tento saber opiniões sinceras de
outras pessoas.
1 A Vanessa também tem blogues… fale-me deles…
divulgue-os… Quantas vezes, ao ler os seus textos, me identifiquei tanto ao
ponto de dizer… “Eu podia ter escrito isto”…
Eu e os blogs, os blogs e eu nem sempre
tivemos uma relação estável, porque eu não conseguia integrar aquilo que era o
meu cunho pessoal com aquilo que eram os dados mais científicos que eu gostava
de passar às pessoas. Na academia somos muito formatados e pressionados para o
facto de termos que ser rigorosos, precisos… Na realidade, as pessoas não nos
entendem facilmente e com tanta formatação torna-se impossível formar um elo de
ligação. Na verdade, quando deixei o peso da responsabilidade de ser gato ou
lebre, quando me concebi como pessoa que tanto pode estar certa como também
errar, tudo começou a fluir. No blog centro-me na comunicação com as pessoas e
tento falar de experiência que são minimamente comuns a todos nós. A
sustentação psicológica acaba por surgir sem querer aqui ou ali, mas o
objectivo é sempre o de criar pontes e de passar informação que possa ajudar,
ainda que pouco, a melhorar os nossos dias.
1 Uma mensagem positiva para 2014… :-)
Em 2014, sejam autênticos. Ser e aceitar-nos
tal como somos traz-nos serenidade e paz, força para caminharmos na rua sem
amarras e com determinação. Abracem os vossos sonhos. Pensem nas vossas
qualidades e transformem-nas em caminhos para a vossa realização. O ontem pode
ter sido difícil, o hoje pode ser difícil, mas o amanhã reserva-nos em
esperança. Neste momento, neste segundo, temos a oportunidade de tomar a
decisão de sermos mais felizes. E nós sabemos o que nos faz mais felizes. E
quando o que nos faz mais felizes nos vem à memória… eis que chega o medo.
Aquele velho medo e aquela velha razão que nos faz acreditar que é melhor não –
que é melhor deixarmo-nos ficar por aqui, na segurança desta ilusão. A verdade
é que o medo nos faz viver encolhidos e quando vivemos encolhidos não
conseguimos ver o tapete verde que se estende até ao Sol para lá da sebe, que é
o limite que nós criamos para o nosso ser. Neste Novo Ano, ergam-se,
desmantelem todo o peso que têm vindo a suportar e a trazer de arrasto… saltem,
pulem, construam um banco ou uma escada se for preciso, estiquem-se o máximo
que conseguirem, porque acreditem: deslumbrar o que está para lá da sebe é uma
das mais fantásticas experiências que podemos ter.
E que tal, sermos mais positivos este Novo Ano?
Obrigada, Vanessa!
No próximo, mês o Conversas Felizes vai para a rua, ouvir corações...
Curiosos?
Pensem positivo, pelo menos, até Fevereiro! :-)
Excelente escolha, entrevista acessível, directa, cristalina com alguém que nos transmite uma energia fabulosa e nos mostra que a felicidade realmente vem de dentro, que viver sob um estilo de vida positivo é a melhor escolha. Obrigado ás duas :)
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